sábado, 2 de junho de 2012

Transporte público coloca em risco vida de cadeirantes em São Paulo


iG acompanhou um deficiente físico e notou que motoristas e cobradores não sabem utilizar os elevadores dos ônibus adaptados na capital

Carolina Garcia, iG São Paulo  - Atualizada às 
Deficientes físicos ou pessoas com mobilidade reduzida enfrentam na cidade de São Paulo desafios muitas vezes maiores dos que os já vividos após uma doença ou fatalidade que limitou seus movimentos. Vítima da paralisia infantil quando tinha apenas 8 meses de vida, Juracir Barbosa da Silva, de 52 anos, chega a classificar sua batalha contra paralisia mais fácil do que uma simples atividade diária: utilizar o transporte público.
Foto: Arquivo pessoalJuracir da Silva espera pela equipe de resgate após acidente, em janeiro deste ano
Silva tem motivos para desacreditar no sistema de transporte público da capital. Ele vende balas em um cruzamento da zona sul há mais de 30 anos e, por isso, utiliza pelo menos quatro ônibus diariamente. “Não tem um dia que não discuto com algum motorista ou cobrador. Às vezes preciso implorar por ajuda (para ser colocado dentro do ônibus)”. E foi o mau preparo de uma dupla de funcionários na região do Grajaú, onde mora há 40 anos, que colocou sua vida em risco.
Quando voltava para casa do trabalho, no dia 24 de janeiro, Silva utilizou a linha 6062/51 Jd.Castro Alves/Term.Santo Amaro, por volta das 16h. Já acostumado com os elevadores das lotações, o vendedor disse ter percebido que o cobrador não estava confiante para comandar o equipamento. “Desliguei minha cadeira e ele apertou o botão de descida. Ele não esperou chegar até o final e apertou (o botão)”, explicou. Com isso, o aparato foi acionado para remover a prancha, como na manobra de embarque.
“Senti a cadeira deslizando e comecei a gritar. Caí e senti a cadeira caindo em cima de mim. Cheguei a ouvir uma gritaria entre os passageiros e o cobrador. Era muito sangue, pensei que iria morrer.” Silva ficou no asfalto por cerca de 30 minutos esperando o resgate (como mostra a foto acima). Com a queda, ele sofreu uma fratura no fêmur da perna esquerda e levou quatro pontos no nariz.
Após passar três meses internado no Hospital do Grajaú, o vendedor contou ao iG que ainda se sentia abandonado pela cooperativa responsável pela lotação, que não teria prestado nenhuma assistência, segundo ele. “Fiquei ali no asfalto estendido. Uma sensação pior do que senti no dia em que entendi que não poderia andar. Foi a primeira vez que chorei na vida.”
Após o acidente, a família de Silva procurou a Polícia Civil e o caso é investigado pelo 101º DP, do Jardim das Embuias. A São Paulo Transporte (SPTrans) informou que o veículo envolvido no acidente, com o prefixo 6 6121, passou por vistoria no dia 16 de janeiro e segue em circulação. Tal informação comprovaria que a falha teria sido operacional (do cobrador) e não mecânica (do elevador). Procurada pela reportagem, a cooperativa Cooper-Pam, que é responsável pelo carro no acidente, não retornou para dar um posicionamento.
Dificuldades
A dificuldade de se locomover na cidade de São Paulo não é exclusiva de Juracir Silva. O iGacompanhou o trajeto do porteiro Giovani Antônio Batista, de 47 anos, também diagnosticado com paralisia infantil nos primeiros meses de vida. Para chegar ao trabalho, às 8h30, ele utiliza pelo menos quatro linhas de ônibus no intervalo de duas horas e outras quatro no final do dia.
Foto: Carolina Garcia/iG São PauloGiovani Batista aguarda ajuda de motorista para entrar em ônibus parcialmente adaptado
Morador da Vila Jacuri, no extremo sul da capital, Batista explica que não pode ter apenas uma opção de caminho já que não sabe se será aceito em todos os transportes coletivos – inclusive os que têm um adesivo indicando ser preparado aos deficientes. “É normal eu estar no ponto, dar o sinal e ser recusado pelo motorista. Quero acreditar que é mais por má vontade do que pensar que ainda sofro preconceito.”
As constantes brigas com os funcionários das empresas também são comuns na rotina do porteiro. “Muita vezes cheguei a suplicar para ele me pegar, mas acabo escutando um ‘está lotado’ ou ‘estamos em cima do horário’. Como não aceito, acabo recebendo ajuda dos próprios passageiros”, explica.
A manifestação solidária de populares foi comprovada pela reportagem na última terça-feira (16). Em três das quatro conduções utilizadas, Batista foi auxiliado por desconhecidos. Já a espera da última linha, na av. Luis Carlos Berrini, o porteiro indicou três vezes a intenção de embarcar para o motorista, que já havia parado fora do ponto de ônibus. “Ele não quer parar de novo, mas como posso subir com a minha cadeira no meio da rua?”
Foto: Carolina Garcia/iG São PauloApós realizar o sinal três vezes, Giovani consegue embarcar em ônibus na zona sul
Visivelmente contrariado, o motorista parou o coletivo e desceu para abrir a rampa ao cadeirante. Batista então entrou no ônibus. Porém, antes de chegar ao seu espaço reservado e conseguir colocar o cinto de segurança, o motorista acelerou o veículo. A reação dos passageiros foi instantânea. Irritados, eles começaram a gritar: “Espera o cadeirante colocar o cinto” ou “Tá com pressa?”. “Calma, gente. Ele está atrasado para o cafezinho dele”, disse Batista em resposta visivelmente constrangido.
Outros acontecimentos se tornam obstáculos para as pessoas com mobilidade reduzida. No caso da entrevistadora Cláudia Siqueira, de 35 anos, as péssimas condições das calçadas e obras de sua rua e superlotação no metrô a impedem de ter um trajeto mais confortável para o trabalho, na região de Pinheiros. Com uma prótese na perna direita, necessária após sofrer um acidente de carro há 4 anos, Cláudia sente fortes dores no final do dia.
“No começo (quando colocou a prótese) desisti de trabalhar e estudar. Enfrentar a cidade sem ter experiência com sua deficiência é muito arriscado”, explicou. Ela reconhece que, por não ter uma limitação aparente, acaba não recebendo tanta ajuda como Giovani e Juracir. “O fato de eu ter que mostrar e revelar minha deficiência a todos me prendeu muito.”
Para ela, os espaços reservados para deficientes no metrô precisam ser expandidos. “Acabo competindo espaço com pessoas que não têm problemas em passar alguns minutos em pé”. Cláudia ainda desabafou dizendo que sente “fora da estatística” da prefeitura. “Basta olhar as condições de transporte e locomoção da cidade. Calçadas esburacadas e nada adaptadas. São Paulo não foi feita para a gente (os deficientes).”

Treinamento 

Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), quando motoristas e cobradores são contratados pelas viações ou cooperativas de ônibus passam obrigatoriamente por um programa de treinamento determinado pela SPTrans. No entanto, os dados são contrastantes.
Veja as imagens de deficientes utilizando o transporte público :
Giovani Batista aguarda ajuda de motorista para entrar em ônibus parcialmente adaptado. Foto: Carolina Garcia/iG São Paulo
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Enquanto a SPUrbanuss afirma que o curso oferecido deve possuir 88 horas de duração, a empresa Santa Brígida, responsável por algumas linhas da zona sul e oeste, oferece uma introdução de 21h aos novos profissionais. Como explicação, o sindicato afirmou que cada empresa/cooperativa pode escolher quais pontos do programa são intensificados de acordo com a necessidade de cada linha.

“O período pode ser curto, mas sempre há reciclagem anual do conteúdo”, disse uma representante da Santa Brígida que não sabia explicar a diferença dos dados. Para ela, o mau desempenho na hora de ativar o elevador ocorre devido “uma possível falta de prática do profissional”. “Não há tantos passageiros nas condições de cadeirantes no nosso trecho. O profissional acaba enferrujado”, concluiu. 

Até o momento da publicação desta reportagem, a SPTrans não informou se há uma padronização ou itens considerados obrigatórios no curso oferecido aos novos operadores. 
 

SP tem ônibus mais caro do país

Paulistano sem bilhete único gasta R$ 132 por mês para ir ao trabalho e voltar para casa

Além da capital, Campinas, Guarulhos e Osasco cobram R$ 3 por viagem, segundo pesquisa / Marcelo Prates/Hoje em Dia/Futura Press/ ArquivoAlém da capital, Campinas, Guarulhos e Osasco cobram R$ 3 por viagem, segundo pesquisaMarcelo Prates/Hoje em Dia/Futura Press/ Arquivo


Levantamento realizado pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Público) revela que quatro municípios de São Paulo têm hoje a tarifa mais cara de ônibus do país. O custo de uma viagem foi comparado em 38 cidades com mais de 500 mil habitantes, entre os meses de janeiro e abril deste ano.

Com uma tarifa de R$ 3, a capital paulista, Campinas, Guarulhos e Osasco são as cidades que mais oneram o passageiro de ônibus. Em seguida aparecem Santo André e São Bernardo, no ABC, que cobram R$ 2,90.

Em Sorocaba, no interior do Estado, cuja população é de 646,4 mil habitantes, uma viagem de ônibus sai por R$ 2,85. O valor é superior ao cobrado em capitais com mais de 2 milhões de habitantes, como o Rio de Janeiro, R$ 2,75, Salvador, R$ 2,50, e Belo Horizonte, R$ 2,65.

A tarifa mais barata do país é encontrada em Juiz de Fora (MG). Lá, as empresas que operam o serviço de transporte coletivo cobram R$ 1,95.

Peso no orçamento
Em São Paulo, o passageiro de ônibus que realizava duas viagens por dia em junho de 2005, quando a tarifa era de R$ 2, desembolsava em média R$ 88 por mês. A partir de janeiro de de 2011, já com a tarifa em R$ 3, o peso no orçamento doméstico, para quem não utiliza o Bilhete Único, passou para R$ 132, um aumento de 50%.


Estação Morumbi poderá ser fechada na saída de grandes jogos, diz Metrô Medida de segurança será tomada para evitar tumulto entre torcidas. Estação da Linha 17 deverá ser inaugurada em 2015, em SP



Do G1 SP
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A futura Estação Morumbi da Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo poderá ser fechada por medida de segurança na saída dos torcedores de grandes jogos de futebol no estádio do Morumbi, na Zona Sul. A informação é do diretor de Planejamento do Metrô, Mauro Biazotti. Segundo ele, a decisão, que será sempre tomada no dia do evento, obedecerá a uma recomendação da Polícia Militar para evitar tumultos. A medida é necessária porque a Estação Morumbi do monotrilho ficará a cerca de 400 metros do estádio, não havendo espaço necessário para dispersão do público com segurança.
“É uma questão de segurança pública e não tem nada a ver com o operador, que obedece a recomendações de segurança”, disse. A medida, segundo Biazotti, não deverá ser adotada na Estação Corinthians-Itaquera, da Linha 3-Vermelha, que fica a 1 km do futuro estádio do Corinthians, em Itaquera, na Zona Leste. A distância é suficiente para a diluição do público.
O fechamento da Estação Morumbi está prevista, por enquanto, apenas na saída dos jogos – a PM deverá analisar o que será feito em dias de shows na arena após a inauguração da estação, prevista para 2015. Com isso, os torcedores precisarão caminhar até as futuras estações São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela do Metrô, ou Paraisópolis, da Linha 17. Ambas ficarão a 1 km do estádio do Morumbi. A chegada ao estádio poderá ser feita normalmente pela Estação Morumbi da do monotrilho.
“Na chegada não há problema, já que muita gente chega ao estádio antes, para garantir um bom lugar. O afluxo é feito de forma bem distribuída. Na saída é que pode haver tumulto. Na saída de jogos, não havendo possibilidade de diluir esse público, maior que a capacidade do Metrô de absorção, [a medida seria tomada] para evitar tumulto e risco a usuários, diante de torcidas mais exaltadas”, explicou Biazotti.

01/06/2012 17h47 - Atualizado em 01/06/2012 18h01 Internautas registram transtorno em linha do Metrô de SP Linha Azul apresentou dois problemas na manhã desta sexta-feira (1°). Passageiros tiveram que descer de composições e andar pelos trilhos.



Do G1 SP
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Após os problemas que atingiram trens da Linha 1 - Azul do Metrô de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (1°), passageiros registraram a situação dentro das composições. A internauta Fernanda Adriane Gomes de Souza estava no trem quando houve a falha. Ela registrou o vídeo ao lado e enviou para o VC no G1.
A situação na linha foi normalizada por volta das 11h10. O Metrô disse que duas falhas de tração atingiram composições diferentes da Linha 1 - Azul. Elas causaram a redução da velocidade e um maior tempo de parada nas estações nesta manhã, afetando os usuários.
A primeira falha aconteceu às 9h na Estação Portuguesa-Tietê, no sentido Jabaquara. O trem precisou ser esvaziado e rebocado - ele passará por reparo e manutenção. A linha funcionou com a velocidade reduzida até as 9h45, pois a composição ficou um longo tempo parada na estação até ser rebocada.
Por volta das 10h18, outra composição teve uma falha no sistema de tração na Estação Luz. O trem também foi rebocado e o problema foi finalizado às 10h25. O G1 entrou em contato com a companhia, mas não recebeu resposta quanto ao motivo dos problemas.
Transtorno
Uma passageira embarcou por volta das 9h desta sexta na Estação Carandiru e gravou imagens do primeiro problema na linha. Ela ficou 40 minutos esperando a saída do trem. Alguns passageiros, irritados, abriram as portas da composição e desceram, andando ao lado dos trilhos.
Quando o serviço voltou a funcionar, o trem seguiu com a porta aberta até a estação seguinte. As plataformas ficaram lotadas por causa da falha no sistema. Com esta falha, foram 104 problemas registrados apenas neste ano nas linhas do Metrô.

Metrô diz que falha em porta de trem afeta circulação na Linha Azul


Por volta das 18h, situação já havia sido normalizada, segundo o Metrô.

01/06/2012 18h08 - Atualizado em 01/06/2012 18h22


Do G1 SP
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Uma falha na porta de um trem que seguia no sentido Jabaquara, na Linha 1-Azul do Metrô, prejudicou a circulação das composições na noite desta sexta-feira (1º). De acordo com a assessoria de imprensa do Metrô, a situação já foi normalizada. Essa é a terceira falha registrada nesta linha só nesta sexta-feira.
O problema foi registrado às 17h20 com um trem que estava na Estação Sé. O carro precisou ser esvaziado e o trem seguiu viagem. Os passageiros embarcaram em outros trens.
Devido às chuvas registradas em São Paulo na noite desta sexta-feira, as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha operam com velocidade reduzida, ainda segundo o Metrô.
Internautas do G1 registraram em vídeo os transtornos causados pelos problemas no Metrô durante a manhã (assista ao vídeo acima).
Outros problemas
Só nesta sexta-feira outros dois problemas foram registrados em trens da Linha 1-Azul do Metrô. Duas falhas de tração em composições causaram a redução da velocidade e um maior tempo de parada nas estações nesta manhã, afetando os usuários.
A primeira falha aconteceu às 9h na Estação Portuguesa-Tietê, no sentido Jabaquara. O trem precisou ser evacuado e rebocado - ele passará por reparo e manutenção. A linha funcionou com a velocidade reduzida até as 9h45, pois a composição ficou um longo tempo parada na estação até ser rebocada.
Por volta das 10h18, outra composição teve uma falha no sistema de tração na Estação Luz. O trem também foi rebocado e o problema foi finalizado às 10h25.

Notícias » Brasil » Brasil Com 295 km, São Paulo registra maior congestionamento da história



Lentidão na capital paulista chegou a 295 km às 19h, e superou a marca de 293 km, registrada no dia 10 de junho 2009. Foto: Léo Pinheiro/Terra Lentidão na capital paulista chegou a 295 km às 19h, e superou a marca de 293 km, registrada no dia 10 de junho 2009
Foto: Léo Pinheiro/Terra

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A cidade de São Paulo registrou na tarde desta sexta-feira o maior congestionamento da história, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Às 19h, eram 295 km de lentidão nas vias monitoradas pela empresa. O índice superou o registrado no dia 10 de junho de 2009, quando a CET anotou, às 19h, 293 km de congestionamentos.
Veja o ranking de congestionamentos de São Paulo
A zona oeste é a mais prejudicada, com 99 km de lentidão. Os principais congestionamentos da cidade se concentram na pista expressa da Marginal Tietê, sentido Ayrton Senna, da rodovia Castello Branco até a ponte do Imigrante Nordestino - com 23,2 km de filas -, e na pista expressa da Marginal Pinheiros, sentido Castello Branco, da ponte Transamérica até a rodovia - com 18,1 km de congestionamento.
O Terra tentou contato com o secretário municipal de Transportes de São Paulo, Marcelo Cardinale Branco, mas ele não foi encontrado para comentar o recorde histórico. Segundo a CET, a chuva, o excesso de veículos e acidentes que ocuparam faixas de vias importantes contribuíram para a marca registrada hoje.
Terra
  1. Marginal Tietê foi uma das vias mais congestionadas nesta sexta-feira

    Foto: Paulo Fischer/Futura Press
  2. Com chuva e acidentes, trânsito ficou caótico no final da tarde desta sexta-feira em São Paulo

    Foto: Léo Pinheiro/Terra
  3. Motociclista corta caminho entre os carros parados no congestionamento em São Paulo

    Foto: Léo Pinheiro/Terra
  4. Zona oeste da capital era a mais congestionada

    Foto: Léo Pinheiro/Terra
  5. Além de acidentes, a chuva atrapalhou o tráfego na maior cidade do País

    Foto: Léo Pinheiro/Terra
  6. Região da Ponte Estaiada registrou lentidão

    Foto: Léo Pinheiro/Terra
  7. Região da Marginal Pinheiros também teve trânsito lento

    Foto: Léo Pinheiro/Terra
  8. Paulistanos ficaram parados no trânsito nesta sexta-feira

    Foto: Léo Pinheiro/Terra
  9. O congestionamento passou dos 280 km e bateu recordes

    Foto: Léo Pinheiro/Terra
  10. Retorno do trabalho foi complicado nesta sexta-feira

    Foto: Léo Pinheiro/Terra
  11. Lentidão estava acima da média nesta sexta-feira

    Foto: Léo Pinheiro/Terra