terça-feira, 5 de junho de 2012

Chalita: SP precisa de inteligência


sita de prefeito que não tenha outras prioridades
  O pré-candidato à prefeitura de SP, Gabriel Chalita, disse que pode resolver o problema da falta de creches em dois anos / Artur Garção/Divulgação  

O pré-candidato à prefeitura de SP, Gabriel Chalita, disse que pode resolver o problema da falta de creches em dois anos Artur Garção/DivulgaçPré-candidato à prefeitura de SP critica gestão atual e diz que a cidade necessita de prefeito que não tenha outras prioridades 

O pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PMDB, Gabriel Chalita, afirmou nesta terça-feira em entrevista à Rádio BandNews FM que a cidade precisa de sistemas de inteligência para acabar com problemas como trânsito, transportes públicos e enchentes. Segundo o ex-secretário de Educação do Estado, “a cidade carece de um prefeito que queira ser prefeito, que não tenha outras prioridades”.

Chalita afirmou que uma das formas de resolver o trânsito pesado na cidade seria a criação de uma centra de operações, interligando todos os serviços para atender o cidadão, “uma central de inteligência”, a exemplo do Rio de Janeiro. “Atualmente, apenas 10% dos semáforos na cidade são inteligentes, isso dificulta a gestão do trânsito”, diz.

O pré-candidato afirmou ainda que a cidade tem capacidade para isso.  “Nos dias de chuva, como hoje, muitos semáforos ficam parados, mas os radares estão funcionando. Isso significa que há tecnologia para fiscalizar. Então, por que não se deixa de lado essa ânsia arrecadatória, e transfere essa tecnologia para o bom funcionamento dos semáforos?”, questionou.

Transporte público 

Chalita afirmou ainda que mente quem diz que esse problema será resolvido em um ano, mas é preciso dar o primeiro passo. Para ele, a cidade precisa de obras em transporte público, mas principalmente inteligência. Entre as obras, ele declarou com uma de mais urgência a construção de corredores de ônibus e destacou a Avenida Celso Garcia, na zona leste.

“O Metrô de São Paulo tem eficiência para atender o cidadão, mas sozinho ele não resolve a demanda toda de passageiros. É preciso investir em mais corredores de ônibus. Isso dá tempo de fazer e não foi feito um quilômetro sequer na gestão atual”, ressaltou o pré-candidato.

O peemedebista declarou ainda que é contra o Pedágio Urbano – que promete cobrar uma taxa para motoristas que quiserem ir de carro a determinadas regiões da cidade, como o centro. “Só podemos fazer isso quando resolvermos o problema do transporte público. E São Paulo está muito longe dessa realidade”, afirmou.

Alagamentos e enchentes 

Em relação aos alagamentos e enchentes, Chalita afirmou que a obra clássica é o piscinão. Para ele, se for bem cuidado e tiver a manutenção necessária, ajuda a resolver o problema de alagamento em muitas regiões. Além disso, é preciso cuidar da limpeza dos rios e rever o projeto de calçadas. “A calçada tem que ser acessível, é preciso também enterrar os fios. É um projeto conjunto, já aproveita para fazer calçadas com drenagens e asfalto ecológico. Mesmo que demore, tem que começar”, afirmou.

“É um investimento pesado”, disse Chalita. Para ele as parcerias são importantes para resolver grandes problemas da cidade. “Por que a África do Sul conseguiu? Por que Nova York conseguiu resolver o problema da violência? Por que Bogotá e Medelin que são cidades mais pobres resolveram seus problemas e nós não? Isso dá uma ideia de incompetência e falta de foco. São Paulo é uma das cidades mais ricas do mundo, temos possibilidade de Parcerias Público Provadas e não fazemos”, acrescentou.

Creches

Na área da educação, Chalita disse que seria impossível resolver o problema de falta de creches criando novas escolas. “Quem promete que resolver o problema criando novas creches está mentindo. Isso vai demorar mais de cinco, seis, sete anos. É preciso resolver de forma mais criativa”, declarou. E prometeu resolver o problema em dois anos, com a criança de convênios com escolas particulares e universidades.

A prefeitura paga uma valor para faculdades abrigarem dentro de sua estrutura espaços para receber essas crianças. “A criança não pode ficar abandonada. Alguém tem que cuidar dessa criança. A revolução na educação tem que começar na base”, disse Chalita. O pré-candidato afirmou que vai manter os CEUs (Centro Educacional Unificado), mas ampliaria o atendimento ao aluno. “Tem que funcionar o dia inteiro e aos finais de semana”, disse ainda.

Revitalização do centro 

Chalita afirmou ainda que a cidade precisa recuperar a área central da cidade e também que a ação na Cracolândia – que retirou os usuários do local – foi “midiática”. “A ideia é conveniar comunidades terapêuticas. Em Minas Gerais é assim. A mãe escolhe onde o filho será internado. Não é pegar a pessoa, jogar no camburão e internar. Os espaços para acolhimento devem ser de fato acolhedores”, constatou.

O pré-candidato destacou a possibilidade de parcerias e também afirmou que a cidade de São Paulo não pode ser pensada como uma só. “Se você olha a cidade como 31 cidades – que são as subprefeituras – é mais administrar”, comentou Chalita.


“Por exemplo, hoje na zona leste tem uma grande população, tem transporte, tem educação. Então a prefeitura pode fazer área de lazer lá. Pode fazer projetos em parcerias com empresas. Incentivar empresas a terem sedes lá, de acordo com o público que mora nessa região. Quanto mais você coloca em rede, mais transparente é a administração”, disse ainda.

Debate

O Grupo Bandeirantes sai na frente mais uma vez e vai realizar o primeiro debate entre os candidatos a prefeito de São Paulo. Os debates do primeiro turno acontecerão em agosto. Se houver segundo turno, o encontro entre os candidatos acontecerá em outubro.

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