segunda-feira, 4 de junho de 2012

Restrição aos fretados afeta até 300 mil usuários em São Paulo



Celso Gutierre, da Cati Rose, afirma que empresa já sofre com restrição
A restrição imposta pela prefeitura de São Paulo que impede a circulação de ônibus fretados em uma área de 70km quadrados da cidade tem causado brigas judiciais, prejuízos para as empresas responsáveis por este tipo de transporte e transtornos para cerca de 300 mil passageiros. De acordo com a secretaria de Transporte da capital, cerca de 48 mil viagens eram feitas diariamente somente nesta área de restrição.
Segundo o Transfrtur (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento para Turismo da região metropolitana de São Paulo), estima-se que o serviço transporte mais de 600 mil pessoas por dia na Grande São Paulo, movimentando anualmente R$ 3,2 bilhões. A modalidade de transporte gera cerca de 20 mil postos de trabalho diretos no Estado e mais 50 mil indiretos.
“Se esta restrição continuar como está, pelo menos 50% dos fretados deixarão de circular pelas ruas de São Paulo e poderão quebrar, o que significa cerca de 11 mil desempregos diretos em um prazo de 90 dias e perda de até metade dos passageiros”, acredita o diretor da Assofresp (Associação das Micros, Pequenas e Medias Empresas de Fretamento e Turismo do Estado de São Paulo), Geraldo da Silva Maia Filho.
Maia explica que um fretado substitui pelo menos 20 automóveis que estariam nas ruas, pois muitas pessoas preferem utilizar os ônibus por serem mais confortáveis e por poderem embarcar e desembarcar próximos de suas residências e trabalhos. “Além dos passageiros terem de se adaptar às mudanças dos locais de embarque e desembarque, eles estão tendo de gastar pelo menos R$ 110 a mais por mês com as baldeações”, lamenta o diretor da Assofresp.
O diretor administrativo e financeiro da Cati Rose, Celso Ghelardino Gutierre, empresa responsável pelo transporte de cerca de 12 mil pessoas por dia, sendo pelo menos 400 do ABC, já começou a sentir os efeitos negativos da restrição. Umas das linhas com destino a São Paulo já teve de ser fechada e outras duas devem ter o mesmo fim. “A restrição pode até refletir em uma melhora do trânsito em um primeiro momento, mas com o tempo os usuários deixarão de usar o fretado e voltarão a ir trabalhar com seus carros, contribuindo para a piora do trânsito”, salienta.
Maia e Gutierre acreditam que a falta de estudos sobre os reais impactos que seriam causados pela interrupção dos serviços foi um erro por parte da prefeitura de São Paulo. “Se houvesse fiscalização ou algum tipo de regulamentação limitando o número de paradas para embarque e desembarque nas principais vias, certamente todas as empresas iriam seguir as normas e não seria necessária uma atitude drástica como esta”, completa o diretor da Assofresp.
O deputado estadual Orlando Morando, membro da Comissão de Transportes, também é contra a restrição, pois avalia que o fretado contribui para a redução do trânsito na cidade de São Paulo. “Acredito que a decisão foi errada, principalmente porque não houve um estudo sobre o tema, além de que a ação não está surtindo o efeito esperado”, defende.
Para tentar entender os motivos pelos quais a prefeitura tomou esta decisão, o deputado apresentou um requerimento para convocar o secretário Municipal de Transportes de São Paulo, Alexandre de Moraes, para dar explicações. “Se ele não nos convencer, poderemos encaminhar um pedido para o Ministério Público liberar a circulação dos fretados”, completa o deputado.
Entenda a restrição
Desde o último dia 27 de julho os ônibus fretados que atuam na cidade de São Paulo precisam respeitar a ZMRF (Zona Máxima de Restrição à Circulação de Fretados) de 70 km quadrados, onde não podem circular entre 5h e 21h dos dias úteis. Avenidas como Ricardo Jafet, Bandeirantes, Paulista, Nações Unidas e Avenida Sumaré, que eram algumas das principais vias percorridas pelos fretados não poderão mais integrar os itinerários destes ônibus.
Para que os usuários dos fretados possam chegar ao destino final, a prefeitura criou pontos de embarque e desembarque para que, a partir destes locais, os passageiros possam utilizar o transporte público convencional (ônibus e metrô) para irem ao local desejado. Sete linhas especiais de ônibus foram criadas para comportar a nova demanda.
A fiscalização da nova norma está sendo feita por 67 fiscais da SPTrans, 70 fiscais do Departamento do Transporte Público e 346 agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego. Transporte escolar, de turismo, de passeios religiosos, de hóspedes de hotéis e destinados às atividades de cultura e lazer podem ficar fora da restrição. Entretanto, é preciso fazer um cadastro junto à prefeitura para conseguir a permissão.
Sindicato tenta liberação dos ônibus na Justiça
No último dia 31 o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu uma liminar permitindo a volta dos fretados que havia sido proposta pelo Transfretur (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento para Turismo da região metropolitana de São Paulo), mas horas depois a permissão foi cassadoa.
Na ocasião, a juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública alegou que havia vício formal na restrição, “pois foram veiculadas mediante portaria, ato administrativo, que não pode inovar no ordenamento jurídico, não pode substituir a lei”.
A advogada Renata Nowill Mariano defende a decisão da juíza e lamenta o fato da liminar ter sido cassada tão rapidamente. “Só uma lei tem o poder de restringir este tipo de atividade. Creio que a liminar pode ter sido cassada muito mais por uma questão econômica e política do que pela preocupação de melhorar o trânsito”, diz. “Acredito que com o tempo esta portaria que limita a circulação dos ônibus fretados será revogada e outras soluções serão encontradas para o assunto”, completa a advogada, que afirma que a falta de debate e estudos é um dos principais fatores pelo qual os usuários, donos de empresas e a população em geral estão insatisfeitos com a medida.
Em nota divulgada pelo Transfretur, o advogado do sindicato, Marcos Augusto Perez, declarou que notícia da cassação da liminar concedida em favor das empresas e usuários dos serviços de fretamento, menos de duas horas após sua concessão, causou surpresa e preocupação.
“Rever decisões liminares é prática comum nos tribunais. Entretanto, cassar decisões fundamentadas, em detrimento do direito de milhares de pessoas, poucos minutos após sua divulgação, e anunciá-las mediante nota, sem revelar seu inteiro conteúdo, desrespeita a advocacia, os juízes de primeira instância, as partes judicantes e os cidadãos”, declarou Perez no documento. Na última segunda-feira (03/08) o sindicato entrou com de agravo contra decisão do TJ que derrubou liminar que restabelecia a livre circulação de fretados em São Paulo.
Usuária muda rotina e reclama de novas regras
Talita Moreira Marques da Costa, moradora de São Bernardo, começou a utilizar ônibus fretado no início deste ano, mas já pensa em mudar o meio de locomoção até o trabalho, localizado na Vila Olímpia, em São Paulo. O motivo é a alteração que seu dia-a-dia sofreu após a implantação da Zona Máxima de Restrição à Circulação de Fretados.
“Sou usuária de fretado por ser um meio de transporte seguro, confortável onde tenho a certeza que tenho um lugar para sentar e chegarei descansada ao trabalho e no retorno para minha casa”, explica Talita. O sossego, entretanto, acabou. O tempo de caminhada entre o local que embarque e desembarque aumentou, assim como as horas que demoro para chegar até em casa.
“Antes pegava o fretado às 18h e chegava em casa às 19h30. Atualmente, com essa restrição, pego o fretado às 19h e chego em casa às 21h. Simplesmente um absurdo. Todos os dias chego muito cansada e nervosa com tudo isso. Estou tomando remédio para conseguir lidar com esses problemas, pois chego cansada ao trabalho, chego cansada em casa e não rendo nada”, desabafa.
Talita já pensou em ir trabalhar de outras maneiras, mas a qualidade do transporte público a limita. “Infelizmente nosso sistema público de transporte é precário. Caso eu tivesse que utilizar esses meios, teria de acordar às 4h da manhã e pegar quatro transportes até o meu trabalho. Já não estou rendendo como deveria no trabalho, imagine pegando quatro transportes”, diz a moradora de São Bernardo.
A jovem acredita que uma solução para evitar que os ônibus fretados atrapalhem o trânsito é a regulamentação dos pontos de parada, mas de maneira diferente de como foi feita. Ela afirma ainda que a restrição não condiz com a necessidade da população, além e ter piorado o trânsito nas proximidades dos bolsões e a qualidade de vida dos usuários de fretados. “Espero que tudo se resolva o mais rápido possível. Estou cada vez mais descrente nos políticos que governam a cidade de São Paulo”, finaliza.

Onibus fretado Maia


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Edição do dia 04/06/2012 04/06/2012 08h07 - Atualizado em 04/06/2012 08h08 Repórter flagra desafio e transtorno de usuários do trem de São Paulo Rodrigo Alvarez e Wilson Araújo acompanharam o sufoco pelo que milhares de pessoas passam todos os dias nos trêns de SP. Durante a viagem, teve gente passando mal, briga e uma mulher caiu no vão.


Edição do dia 04/06/2012
04/06/2012 08h07 - Atualizado em 04/06/2012 08h08


Rodrigo Alvarez e Wilson Araújo acompanharam o sufoco pelo que milhares de pessoas passam todos os dias nos trêns de SP. Durante a viagem, teve gente passando mal, briga e uma mulher caiu no vão.


Rodrigo Alvarez e Wilson AraújoSão Paulo
Bom Dia Brasil começa nesta segunda-feira (4) a apresentar reportagens especiais sobre o transporte público. Ir e voltar do trabalho têm sido um sacrifício diário para milhões de brasileiros. E nós vamos tratar do assunto durante toda a semana.
Correria, empurra-empurra e brigas são cenas de um dia normal de quem pega trem todos os dias. Foi o que constataram, em São Paulo, os repórteres Rodrigo Alvarez e Wilson Araújo. Eles embarcam em uma das estações de trem mais movimentadas do país.
Quando o sol vai baixando, às 17, mais ou menos, a famosa Estação da Luz exibe, na superfície, uma calma que não tem nada a ver com o jeito como o jeito como ela ferve no subsolo. Até o fim do dia, vão ser quase 150 mil pessoas, mais do que dois estádios do Morumbi lotados em final de campeonato, mas é só um dia comum. A maré humana acelera, com pressa de chegar em casa.
Na escada rolante, um homem sobe praticamente de costas, lutando para não cair. Na plataforma, o trem que chega vazio é a grande chance de se conseguir um bom lugar. E bom lugar lá dentro, só se for sentado. Muita gente que dança na corrida das cadeiras acaba voltando à plataforma para tentar de novo. Uma mulher se segura para não ser empurrada para o trem. Um rapaz trava a porta e atrapalha todo mundo, porque vai esperar o próximo trem. “Se tiver lugar, eu entro. Se tiver em pé, eu não entro. Eu espero o próximo”, diz uma senhora.
Diariamente, mãos apressadas e até irritadas ignoram os avisos e forçam a porta, abrindo caminho para uma disparada rumo aos lugares vazios, até que acontece o primeiro atropelamento da noite. Uma mulher passa mal no tumulto, e o marido grita por ajuda. O trem vai atrasar. Quando o funcionário chega, a mulher despenca mais uma vez sem forças.
Nós começamos a entender que na Estação da Luz é cada um por si, todos contra todos. A expressão no rosto de alguns passageiros revela que mais um acidente aconteceu. São 43 segundos lutando contra a maré, até que Cleidiane consegue se desvencilhar do tumulto e sai mancando, apoiada em um funcionário da Companhia de Trens. A canela dói muito e ela chora. “Enquanto eu estava meio no chão, eles pisaram em cima”, revela.
Logo em seguida, na penumbra da Estação da Luz, funcionários atendem outra passageira. Ela machucou a perna direita na entrada do trem e agora precisa de cadeira de rodas.
O alto-falante mostra que a Companhia de Paulistana de Trens tem plena consciência do barril de pólvora que administra. Na ânsia de chegar logo em casa, tem briga na estação.
Para aliviar a superlotação, especialistas dizem que São Paulo precisaria aumentar os trilhos do metrô em 130 quilômetros e diminuir o intervalo entre os trens. Mas, na Estação da Luz, parece haver uma defasagem entre o que foi previsto pelos arquitetos e a necessidade atual da população.
A distância entre o trem e a plataforma nela é de 30 centímetros. Passageiros contam que, frequentemente, alguém cai aqui dentro. “Ou você entra ou você cai no buraco. Você escolhe”, comenta um homem.
Do lado de fora, uma moça é engolida pelo vão. Ela só não cai de vez no fosso, porque fica presa pela perna direita e também porque recebe ajuda.
A viagem é longa. E tudo isso foi só a primeira estação. Na estação seguinte, na Estação Brás, nós vemos do alto e depois, bem de perto, mais uma série de situações tensas na plataforma. Mas é no trem para Guaianazes que a situação se complica. Ele já chegou lotado à estação mais lotada da maior cidade brasileira.
O repórter Rodrigo Alvarez fica completamente prensado. Ele é empurrado, quer queira ou não queira. A viagem segue no aperto até que, na estação seguinte, desembarcam três pessoas, e entra um batalhão.
Já passa das 20h. O trem cumpriu mais um dia de rotina superlotada. E no dia seguinte, tem tudo de novo.
CTPM afirma que construção do Ferroanel vai melhorar situação
A Estação da luz, no centro de são Paulo, que é uma das mais movimentadas da capital paulista. Ao todo, 2,7 milhões de pessoas usam o transporte de trens todos os dias. Todos os problemas flagrados pelo repórter Rodrigo Alvarez não é anormal para os usuários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos de São Paulo. Esse caos faz parte da rotina desses paulistanos que usam transportes sobre trilhos.
O gerente de operações da CPTM, Francisco Pierrini, aponta o que o passageiro pode esperar para que ele possa ter um trem com conforto: “O que acontece aqui acontece em qualquer lugar do mundo, em cidades de grande movimento, como Paris, Tóquio e Cidade do México. Nos horários de pico, isso acontece. O governo está investindo de maneira pesada. Serão R$ 20 bilhões de investimento até 2015. E 73 novos trens já foram adquiridos e já se encontram em operação, dos 105 que foram comprados. Por isso, nos próximos três meses, nós teremos 65 trens em licitação. Tudo isso para que sejam trocados todos os trens da companhia”.
O gerente da CTPM explica a queda de uma usurária na plataforma do trem: “Nós temos um vão muito grande entre o trem e a plataforma. Isso é motivado pelo compartilhamento das linhas com o transporte de carga”.
Francisco Pierrini diz que a situação vai melhorar: “Em uma ação do governo do estado com governo de estado, com a construção do Ferroanel, isso será bastante minimizado”.

Metrô apresenta falha na estação Brás da Linha Vermelha


Um vagão de um trem do Metrô de São Paulo precisou ser esvaziado na manhã desta segunda-feira (4), depois de apresentar falha em uma das portas, por volta das 7h45, na estação Brás da linha 3-vermelha. O trem seguia no sentido Palmeiras-Barra Funda.



Como a porta não fechava, os passageiros foram retirados do vagão e acomodados nos outros cinco da mesma composição.

Segundo o Metrô, o problema não afetou a circulação da linha, que voltou ao normal cinco minutos após o problema.

O metrô e os trens de São Paulo registram diversas falhas na operação neste ano. Na sexta (1º), passageiros tiveram que sair de um trem na linha 1-azul após um problema de tração. Na terça (29), foi a vez de uma falha prejudicar a linha 9-esmeralda.

No dia 16 de maio, dois trens da linha 3-vermelha bateram por volta das 9h50 entre as estações Penha e Carrão (zona leste), deixando ao menos 49 pessoas feridas. Dias depois, funcionários do metrô entraram em greve e paralisaram parte das linhas por 12 horas. 

Com agências

SP: porta de vagão não fecha e passageiros são retirados do metrô


SP: porta de vagão não fecha e passageiros são retirados do metrô


Um vagão da Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo apresentou problemas na manhã desta segunda-feira. Ele teve que ser esvaziado depois que uma de suas portas não fechou.
De acordo com a concessionária, a falha aconteceu às 7h45 na estação Brás, no sentido Palmeiras-Barra Funda. Por questões de segurança, todos os usuários foram retirados e tiveram que seguir a viagem em outro vagão. Cada composição do metrô possui seis vagões.
Um funcionário do Metrô permaneceu no carro com problema para impedir a entrada de passageiros, até que ele chegasse ao fim da linha e fosse encaminhado à manutenção. A concessionária informa que a falha durou cinco minutos e não afetou a circulação da linha, que voltou ao normal após a acomodação dos usuários.

Reportagem vai mostrar situação do metrô de São Paulo nesta terça-feira


Reportagem vai mostrar situação do metrô de São Paulo nesta terça-feira


Nesta terça-feira (5), você vai ser a situação que os trabalhadores enfrentam no metrô de São Paulo nos horários de pico. Somando as cinco linhas, são mais de 4 milhões de passageiros diários no metrô de São Paulo.
As cinco linhas do metrô paulistano vão fechar o ano com um recorde: mais de um bilhão de passageiros. E transportar esse bilhão de pessoas em um metrô que cobre apenas 74 quilômetros é o grande desafio das autoridades.

SP: pane elétrica prejudica circulação de trens na zona sul


SP: pane elétrica prejudica circulação de trens na zona sul


Paulistano enfrentou trens lotados e paradas de até 20 minutos em cada estação. Foto: Victor Amaro/Terra
Paulistano enfrentou trens lotados e paradas de até 20 minutos em cada estação
Foto: Victor Amaro/Terra
Uma falha no sistema elétrico prejudicou a circulação de trens na Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) na manhã desta segunda-feira, em São Paulo. Segundo a empresa, a falha começou às 11h55 no trecho entre as estações Granja Julieta e Santo Amaro, na zona sul da capital paulista.
A falta de energia obrigou a CPTM a transferir o fluxo das composições para apenas uma das vias, o que causou maiores intervalos entre os trens. De acordo com a companhia, devido ao horário de pouco movimento, o problema não gerou acúmulos de usuários nas estações. A situação foi normalizada por volta das 15h.
Em março, a Linha 9-Esmeralda chegou a ser interditada durante os domingos para obras de modernização. A medida foi anunciada após uma sequência de falhas no sistema de distribuição de energia.

Trem da Linha 9-Esmeralda da CPTM tem falha


Trem da Linha 9-Esmeralda da CPTM tem falha

O trem apresentou falha elétrica por volta das 11h50 entre as estações Granja Julieta e Santo Amaro
Um trem da Linha 9 – Esmeralda da CPTM apresentou falha elétrica e precisou ser recolhido para manutenção por volta das 11h50 desta segunda-feira entre as estações Granja Julieta e Santo Amaro.

De acordo com a assessoria de imprensa da CPTM, os trens funcionam com velocidade reduzida por causa da falha. Equipes técnicas trabalham para solucionar o problema e ainda não há previsão para normalização dos serviços.

sábado, 2 de junho de 2012

Kassab quer a bola


Kassab quer a bola

Kassab está agindo como um menino mimado, bem, que, bem desde que ele foi jogado para a prefeitura por um medida irresponsável do José Serra e eleito graças a uma imprensa igualmente irresponsável e uma Marta Suplicy liderando uma das piores campanhas eleitorais do mundo inteiro. Mas a guerra de Kassab contra os fretados supera todos os limites do ridículo.Kassab mostra uma intransigência sem limites em defesa de uma medida que foi criticada inclusive pelo Judiciário, mas o apice é aclassificação das VANS como fretados. Pode-se argumentar que um fretado é um ônibus de grande porte e que obstrói o trânsito com suas manobras, mas uma van não é maior que um utilitário esportivo de grande porte. O que falta? Proibir caronas?
A única explicação para a classificação das vans como fretados e para reforçar a proibição dos ônibus grandes, o que é infantil. E pode-se criticar Lula por qualquer coisa, mas ao menos ele negocia e recua. Kassab está agindo da mesma forma que quando empurrou um sujeito aos berros de um posto de saúde. Ninguém com o comportamento visto naquele vídeo deveria estar na prefeitura.
“A população deve sentir uma diferença já em 2010, com a inauguração da nova linha do metrô e com o Rodoanel. O transportes público é muito importante para ser tratado de um dia para outro”,
Hmmm… O Tramo Sul do Rodoanel deve fazer alguma diferença em vias específicas ligadas a Rodovia dos Imigrantes(Mais pelo fato da Avenida dos Bandeirantes não ter sido projetada para funcionar como rodovia), mas mesmo as previsões iniciais da DERSA não colocavam tanta esperança assim. Já linha Amarela do Metrô trafega basicamente pela região da Avenida Francisco Morato e parte do trecho inicial da Raposo Tavares, quando a demanda por ônibus que congestionam a Cardeal Arcoverde-Teodoro Sampaio e a Rebouças(Além daquele gargalo horrível no fim da Ponte Bernardo Goldfarb) tem destino a area bem maior(Campo Limpo, Jaguaré, Butantã, Rio Pequeno, etc). Desconfio que malemal diminuir o gargalo no cruzamento da Rebouças com a Faria Lima a obra vai conseguir(No trecho entre a Paulista e a Luz a própria demanda atual atendida pelas Linhas Azul e Verde já deva ser bastante para ocupar a linha). E sim, estou falando apenas dos ônibus, não dos carros.
***
E infelizmente nenhuma reação da atual SubPrefeita da Lapa. Cada vez mais desconfio que os cariocas se safaram de uma boa com a nãoeleição de Fernando Gabeira. Se Soninha Francine é o padrão de qualidade para o povo que defendia o Gabeira, dificil imaginar o que ele faria se eleito… E isso mesmo considerando a escolha por Paes de Claudia Costin para a pasta de Educação.

Íon de Freitas contra o trânsito



A longa e sinuosa estrada percorrida pelo engenheiro que pavimentou a Anhanguera, concebeu o Rodoanel, abriu a Imigrantes, inventou a CET e criou a Zona azul

REPORTAGEM - EDUARDO DUARTE ZANELATO. FOTOS: MARCOS MUNIZ - 02/05/2012



Da varanda de seu apartamento, no 21º andar de um prédio no Tatuapé, Íon de Freitas observa dezenas de novos espigões. Desenvolto, o engenheiro com nome de físico discorre sobre o voraz aumento do trânsito paulistano, ainda mais intenso do que a proliferação de edifícios no bairro. Aos 89 anos, ele é especialista no assunto há quase sete décadas. Formado em 1946 pela Escola Politécnica da USP, foi contratado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) no ano seguinte. “Era uma época em que o emprego te procurava, e não o contrário”, diz. “O estado inteiro tinha apenas 47 quilômetros de estradas pavimentadas.” Foi o início de sua longa jornada em favor da fluidez e da mobilidade.
O primeiro desafio do jovem engenheiro foi concluir a pavimentação daRodovia Anhanguera – que, em 1948,ainda era de terra e terminava em Campinas. A novidade renderia a ela o título de primeira via expressa rumo ao interior. Caminhava a passos lentos, em razão, segundo Íon, do arcaico modelo construtivo, com materiais transportados em carroças com tração animal. Para piorar, o prazo era curto e a pressão, enorme: a inauguração fora agendada para 22 de abril, aniversário do governador. Para que Adhemar de Barros pudesse celebrar a data com um afago no eleitorado, Íon trato de encontrar areia e pedra na regiãode Jundiaí. Encomendou dois tratores para acelerar a obra e desafiou os peões a se superarem.“Passamos de 6 metros para 1,2 mil metros concluídos por dia”, diz, orgulhoso. Na hora da festa, faltavam mil metros a pavimentar,o que não impediu o discursodo governador. Íon assistiu de longe. E aprendeu que,na política, vale inaugurar obra inacabada.
A Anhanguera foi a primeira de uma série de estradas construídas ou modificadas com a participação do engenheiro. O mapa rodoviário do estado deve muito a ele. Íon trabalhou no DER até 1970, acumulando a atividade de professor da Poli desde 1960, período em que foiumdos protagonistasda construção da Imigrantes.Ali, computou sua primeira derrota,cujos efeitos ainda persistem.Nos estudos de viabilidade da estrada,feitosemmeados daquela década,técnicos previam grande fluxo de automóveisem vésperas de feriados efins de semana. Em razão disso, Íonqueria implantar uma terceira pista,reversível, com a função de minimizaros problemas nos horários de pico. Não foi atendido. A estrada foi inaugurada, em 1976, apenas com duas pistas, uma para subir e outra para descer. Resultado? “Hoje, o governo é obrigado a improvisar, usando a Anchieta para fazer as operações subida e descida”, diz o engenheiro.
O modelo de pistas reversíveis foi trazido dos Estados Unidos. Em 1960, ao retornar à Poli como professor, Íon foi convidado a passar seis meses no órgão equivalente ao DER no estado de Virgínia.Voltou com malas recheadas de livros sobre uma área ainda inexistente por aqui: engenharia de tráfego. Até hoje, é considerado o precursor da disciplina no Brasil. Outro modelo que Íon adaptou a São Paulo foi o anel viário. O primeiro projeto desse tipo foi elaborado sob sua batuta, em 1963 – 35 anos antes do início das obras do Rodoanel Mário Covas. O plano inicial previa dois anéis, um cortando a malha urbana e outro mais distante. O primeiro nunca foi feito; o segundo demorou tanto, e sofreu tantas alterações, que jamais desempenhou a função para a qual foi planejado.“Até hoje não entenderam qu a função do anel viário é distribuir o tráfego entre regiões, e não mantê-lo apartado da cidade”, diz, referindo-se à escassez de saídas nos trechos já em operação e à polêmica proibição de caminhões nas marginais.
Em 1971, quando o governo militar já instituíra eleições indiretas, Íon foi beneficiado pela escolha do colega Figueiredo Ferraz para a prefeitura.Também engenheiro da Poli, Ferraz compôs um secretariado igualmente técnico, avesso ao mundo político, e ofereceu a Íon a Secretaria dos Transportes. Na ocasião, tratava-se de uma pasta sem importância, que pouco fazia além de administrar as garagens que abrigavam os veículos da prefeitura. A incipiente gestão do trânsito e a administração dos transportes públicos cabiam ao governo estadual. Em dois anos à frente da secretaria, Íon fez diversas modificações. Criou o Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV), chamando para si a responsabilidade de organizar o trânsito; regularizou os serviços de táxis, ônibus fretados e lotações; e herdou as obras do metrô, iniciadas na gestão anterior,de Paulo Maluf. “Quando assumimos, havia apenas alguns buracos no Jabaquara e muitos pernilongos”, afirma Íon. “Maluf percebeu quenão daria para inaugurar ainda em seu mandato e deixou a obra de lado.”
Maluf fora nomeado secretário estadual de Transportes pelo governador Laudo Natel e, sem jamais abandonar as ambições políticas, pediu a Íon que listasse os cem cruzamentos mais caóticos da capital. A solução, segundo o ex-prefeito, seria construir 100 viadutos em substituição aos semáforos, uma forma de dar vazão ao tráfego.“Santa ignorância”, diz, aos risos, o didático ex-secretário. “Num cruzamento, há quatro aproximações, que produzem 16 movimentos. Quando você faz um viaduto, só resolve dois: o tráfego de quem está em cima dele, indo ou voltando.”
Ainda como secretário, Íon concebeu a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), hoje uma máquina responsável por (tentar) fiscalizar e ordenar o trânsito de São Paulo.“Até então, havia a Secretaria de Obras, que apenas tapava buracos e alargava avenidas; não existia visão estratégica.” No entanto, quem tirou a CET do papel não foi ele. Em 1973, um ano antes de o metrô ficar pronto, Figueiredo Ferraz foi substituído por Miguel Colasuonno, e Íon perdeu o cargo.“Os militaresnão queriam que um técnicolevasse o mérito pela obra do metrô”,diz o engenheiro. Nos livros de história,a demissão de Figueiredo Ferraz é explicada como uma retaliação diante da frase “São Paulo precisa parar de crescer”, atribuída a ele e interpretada como afronta ao projeto desenvolvimentista defendido pelo regime. Fato é que Íon fez as malas e se mudou para Brasília, onde foi assessor do Ministério dos Transportes e do governo do Distrito Federal. De volta a São Paulo, presidiu a CET entre 1983 e 1985 e deixou de herança a Zona Azul. Em seguida, foi assessor da Dersa e presidente da Câmara Metropolitana de Transportes de São Paulo, aposentando-se em 1994. “Depois que SãoPaulo se tornou região metropolitana, a política ficou ainda mais determinante”, diz. Íon se refere à necessária interação entre prefeituras comandadas por adversários. “Ninguém quer pôr azeitona no pastel do outro.”

“São Paulo andou para trás no que diz respeito ao trânsito”, afirma Íon, que atribui a culpa ao aumento da frota e à reticência dos governantes em promover mudanças. “Estamos 50 anos atrasados e não vejo saída. Minha imaginação não vai tão longe”, diz. A frustração de perceber que perdeu a guerra o motivou, quem diria, a mudar de profissão. “Percebi que o homem é que é complicado e fui estudá-lo.” Aos 74 anos, virou estudante de psicologia e, em 2010, defendeu mestrado sobre psicologia positiva. A corrente, surgida nos Estados Unidos há menos de duas décadas, busca potencializar as qualidades de cada um. Entre as de Íon está a capacidade de ainda acreditar em uma cidade com menos barbeiragens. O começo pode ser este: consertar a cabeça do paulistano.