MARINA GAMACOLABORAÇÃO PARA A
FOLHA
Com a
greve do metrô e dos trens de São Paulo nesta quarta-feira, empresas já estão se mobilizando para garantir que parte dos funcionários chegue ao trabalho.
Veja as condições do trânsito em tempo realLeitores têm problemas com greve do metrôTrânsito chega aos 249 km em dia de greve no metrôPM detém dois durante protesto contra greveAssembleia às 12h vai decidir se greve do metrô continuaGreve no metrô suspende rodízio de veículos em SP
Na estação Itaquera (zona leste) da linha 3-vermelha, que amanheceu fechada, atendentes de três empresas de call center esperavam o transporte prometido pelos empregadores por volta das 11h.
Greve no metrô em São Paulo
Ver em tamanho maior »
Trens estacionados no pátio da estação Jabaquara, zona sul de São Paulo
Leia mais
Uma das empresas avisou os funcionários sobre a greve nesta manhã, por meio de telefonemas e mensagens de celular, e informou que haveria ônibus fretados na estação.
A atendente Lucimar Kelian, 38, está desde as 7h tentando ir para a empresa, que fica na Lapa (zona oeste). Ela passou por estações de trem e terminais de ônibus até chegar em Itaquera, e ainda esperava o ônibus fretado da empresa.
"Até ontem eu vi que eles iriam liberar as catracas, por que não fizeram isso? Se não fosse pelo fretado, não ia para o trabalho, sou 100% dependente do transporte público", disse.
A empresa já enviou alguns ônibus e vans para buscar os funcionários, mas eles não deram conta de todos. A fila de espera já passava de 200 pessoas.
| Editoria de Arte/Folhapress | |
|
Outra empresa, da Barra Funda (zona oeste), avisou os funcionários ontem que iria disponibilizar ônibus caso a greve ocorresse.
O primeiro fretado saiu da estação por volta das 6h, mas o segundo veículo, que deveria sair às 8h, ainda não havia conseguido chegar por volta das 10h30 devido ao congestionamento que atinge a cidade nesta manhã.
"E quando ele chegar, acho que vamos demorar umas duas ou três horas no trânsito. Em dias normais, com metrô, seria uma hora", disse o atendente Danilo Cléber Oliveira, 22.
A terceira empresa, que fica na Luz (centro), decidiu pagar táxis para os funcionários.
A supervisora Denise Assis Viana, 26, ligou para alguns colegas e eles marcaram de pegar um táxi em Itaquera.
"Se a empresa não desse táxi, não teria como ir para o trabalho. Não tem outro meio, a situação dos ônibus está inviável, tudo superlotado", disse.
Ela diz que, no escritório, a empresa está ligando para os funcionários e organizando outros grupos pela cidade.
"Mesmo indo de táxi já vai ser um transtorno, porque até chegar lá já deu o horário de voltar", disse Denise. O grupo que estava com ela deveria ter chego ao trabalho às 7h40 e sairia às 16h. Mas ela já previa que todos teriam que fazer hora extra hoje.